A construção da Perimetral Leste, uma das mais importantes obras em andamento com recursos da margem brasileira da Itaipu Binacional, deve ser concluída em meados de 2023, com novas estruturas incorporadas ao projeto, que o tornam ainda mais adequado às necessidades da comunidade das Três Fronteiras. As mudanças serão aprovadas pelo Conselho de Administração da Itaipu Binacional.
O andamento dos trabalhos foi debatido em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Foz do Iguaçu (Codefoz), na sede da Associação Comercial e Empresarial (Acifi), na sexta-feira (17).
As atualizações do projeto, iniciadas em março deste ano, foram apresentadas conjuntamente por Itaipu, Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR) e Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Na plenária com representantes da sociedade civil e do poder público, foram esclarecidas dúvidas e recebidas sugestões.
O objetivo do encontro foi dar transparência sobre a construção da rodovia de 15 quilômetros que vai ligar a Ponte da Integração Brasil – Paraguai (já com 67% das obras executadas e previsão de entrega em julho de 2022) à BR-277 e melhorar a mobilidade na região trinacional, principalmente por meio do desvio do tráfego pesado de caminhões das vias centrais de Foz do Iguaçu.
A Ponte da Integração e a Perimetral Leste integram o rol de obras estruturantes altamente estratégicas para o progresso regional financiadas pela margem brasileira da Itaipu – que mobilizam atualmente cerca R$ 2,5 bilhões, atendem à missão institucional da empresa (contribuir com desenvolvimento sustentável no Brasil e no Paraguai) e representam um novo marco desenvolvimentista para a região.
Durante a reunião, representantes da Itaipu, DER-PR e DNIT– entidades responsáveis pela construção – atualizaram o andamento dos trabalhos. Segundo o diretor do DER-PR, Fernando Furiatti, nos próximos meses será feito um mutirão para a desapropriação de 56 propriedades na área entre a ponte e a Rodovia das Cataratas, o que vai permitir a evolução das obras naquele trecho.
Novo valor
De acordo com o superintendente de Obras e Desenvolvimento da Itaipu, Kléber da Silva, a construção da perimetral vai custar R$ 336 milhões, valor superior ao previsto inicialmente. O aditivo ocorre, principalmente, por causa da valorização imobiliária das áreas em processo de desapropriação e de alterações importantes no projeto, que o tornaram ainda melhor e mais adequado às necessidades da comunidade local e dos órgãos alfandegários.
Com a expectativa da construção da futura rodovia, houve uma mudança nas características da região e aumento do valor dos terrenos. No total, 191 propriedades precisam ser desapropriadas para permitir o andamento da obra. Também foram feitos acréscimos significativos no projeto: a construção de dois novos viadutos – no cruzamento da Perimetral com as avenidas Felipe Wandscheer e República Argentina – e ampliações das duas aduanas para controlar o fluxo de pedestres e carros de passeio.
Essas alterações foram solicitadas principalmente pela Prefeitura de Foz do Iguaçu, em atendimento a pedidos da comunidade, e foram acatadas pelos órgãos responsáveis pela obra.
A importância da obra foi destacada por todos durante a reunião do Codefoz. “Quando concluída, essa rodovia vai retirar do centro de Foz do Iguaçu o tráfego de caminhões pesados e, casada com a segunda ponte, vai transformar o trânsito da cidade”, considerou o chefe de gabinete da Diretoria Geral Brasileira da Itaipu e vice-presidente do Codefoz, coronel Robson de Oliveira.
O prefeito Chico Brasileiro ressaltou a relevância do investimento para o município. “É, certamente, uma das mais importantes obras em execução no Brasil no momento e isso é um privilégio para Foz do Iguaçu”, declarou o gestor, durante a reunião do conselho.
“Recebemos muitos esclarecimentos que nos deixam tranquilos sobre o andamento da obra”, afirmou o presidente do Codefoz, Felipe Gonzalez. “É uma obra esperada e almejada pelos moradores das Três Fronteiras. Esse diálogo aberto entre os responsáveis pela execução do projeto e nós, sociedade civil, contribui para que o resultado final corresponda à expectativa da comunidade”, pontua.
Fonte texto: Assessoria de Imprensa Itaipu Binacional
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