Archives: outubro 20, 2023

O PRAD tem como objetivo promover a devida recomposição ambiental e integração das áreas alteradas pela construção do empreendimento, tais como áreas de apoio, de empréstimo de material construtivo e de disposição.

Para a recomposição ambiental são utilizadas as mudas arbóreas produzidas e cultivadas no Horto Municipal de Foz do Iguaçu provenientes da coleta do germoplasma. Quando essas mudas atingem a altura mínima de 1 metro,  estão prontas para serem introduzidas em uma área específica designada para a recomposição.

No momento do plantio, o local escolhido deve ser isolado e devidamente identificado, de modo a  comunicar à população que a área está passando por um processo de recomposição ambiental. É importante realizar um monitoramento constante das plantas para que, se necessário, seja efetuada a substituição de plantas que tenham morrido.

Outra atividade correspondente ao PRAD é a Hidrossemeadura na qual com o auxilio de equipamento específico é lançado sobre o solo nu uma solução de alta viscosidade composta de sementes de gramíneas e leguminosas nativas da região, o veículo para o lançamento é a água, o que dá origem ao nome do procedimento, este, por sua vez, auxilia os trabalhos em tempo e mão de obra e, posteriormente agrega melhores resultados.

É importante salientar que as atividades do programa visam garantir a estabilidade dos taludes, recuperar as áreas erodidas, zelar e proteger a integridade dos corpos hídricos interceptados pelo empreendimento, tais atividades passam por um monitoramento,  garantindo o sucesso na execução do mesmo e atingindo 100% a cobertura vegetal.

É um subprograma do Plano Ambiental para Construção – PAC, na qual, leva-se em consideração a preocupação quanto à emissão de gases e material particulado gerados pela obra, que possuem potencial danoso ao Meio Ambiente, a saúde e segurança da população diretamente afetada.

A poluição atmosférica afeta a biota devido ao acúmulo de poeira e hidrocarbonetos sobre as folhas e o solo, principalmente, quando  apresentam concentração de metais pesados, prejudicam o  desenvolvimento da vegetação e reduzem a disponibilidade de alimentos ou oferecem alimentos contaminados para a fauna, alterando o ciclo alimentar.

Pode causar doenças respiratórias ao homem e inconvenientes sociais, tais como “stress” e insônia, e interferir na qualidade de vida das comunidades próximas. Pode também diminuir a visibilidade na rodovia colocando em risco a segurança de seus usuários.

Durante a instalação das obras da Segunda Ponte Internacional Brasil Paraguai, Acesso e Aduanas, realiza-se trimestralmente o monitoramento em pontos definidos no trajeto do empreendimento, o equipamento é instalado em ponto específico operado por funcionário capacitado e fica no local em um período de 24 horas.

O equipamento subdivide-se em duas partes, uma responsável pelo Monitoramento de Material Particulado (Hi-Vol) e outro pelo Monitoramento de Gases (Mini-Vol).

Ao final do período monitorado, as amostras são coletadas, armazenadas e levadas para um laboratório capacitado interpretando-se assim quantitativamente as Partículas e Gases presentes no Meio Ambiente.

O Programa de Controle de Supressão de Vegetação tem como objetivo orientar e acompanhar a execução das atividades de retirada da cobertura vegetal para a implantação do acesso e construção da Segunda Ponte Internacional Brasil – Paraguai, de forma a evitar desmatamentos desnecessário, bem como definir procedimentos para a supressão a serem utilizados durante as obras e para a destinação do material lenhoso suprimido.

O acompanhamento do procedimento é realizado minuciosamente em todo o trajeto de supressão a fim de monitorar as áreas suprimidas zelando o cumprimento das especificações técnicas e do projeto de engenharia.

O material suprimido passa por um processo denominado coleta de  germoplasma, estes por sua vez abrangem as sementes das árvores nativas e também o salvamento e a realocação das epífitas em uma área predestinada.

No Horto Municipal de Foz do Iguaçu as sementes coletadas em forma de germoplasma são transformadas em novos indivíduos que possuem as características genéticas de sua planta mãe, as mudas ao crescerem são destinadas à compensação vegetal em local definido e apropriado.

O Programa de Monitoramento de Atropelamento de Fauna têm por objetivo principal acompanhar o trânsito da fauna durante a implantação da Ponte e seu acesso, considerando os caminhos de serviço e monitorando zonas de maior risco de atropelamentos propondo medidas mitigatórias para evitar o atropelamento da fauna.

O monitoramento de fauna é justificado pela ocorrência de espécies ameaçadas de extinção no Estado do Paraná como o Leopardus wieddi (gato maracajá – jaguatirica), Lontra longicaudis (lontra), Sylvilagus brasiliensis (tapeti), dentre outras.

O monitoramento abrange toda a obra da Segunda Ponte Brasil Paraguai, incluindo as obras do Acesso à Ponte, as OAEs e as Aduanas Brasil/Paraguai e Brasil/Argentina, ocorre a cada três meses com a duração de sete dias corridos. Os monitoramentos ocorrem na penumbra do dia, visto que é o período de maior atividade da fauna. Deslocando-se com um veículo com velocidade mínima de 20 Km/h e máxima de 40 Km/h observa-se com bastante atenção as estradas circundas a obra a fim de registrar possíveis ocorrências de atropelamento.

Ao encontrar-se um indivíduo atropelado, é realizada toda a coleta de dados necessários para registrar a ocorrência, incluindo-se fotografias com escala e localização por georreferenciamento, assim como data e hora. As carcaças encontradas e registradas são retiradas das estradas sendo depositadas às margens do local encontrado em capoeiras ou mata.   As ocorrências são incluídas como registros em um banco de dados que têm como objetivo relacionar a fauna vivente e transitante no local.